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segunda-feira, 26 de julho de 2010

HUB - Eixo / Ponto Central / Conector / Pessoa que tem um número muito alto de conexões em Rede(s) Social (ais) ?

HUB

substantivo
1.      cubo
2.     eixo
3.     ponto central
4.     cubo de roda
5.     cabo
6.     punho de espada
7.     furo
8.     marido

Defesa dos EUA cria hub de mídia social
por Elizabeth Montalbano | InformationWeek EUA
23/07/2010

Provedor de localização do Departamento de Defesa norte-americano une dados, links, feeds e guidelines para aprender sobre redes sociais
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos atualizou um site que tem a pretensão de ser uma central de localização para conectar a equipe com redes sociais e informações sobre mídias sociais em acordo com os guidelines do órgão.

O Social Media Hub passou por uma renovação trazendo as expectativas do departamento em relação às redes sociais, informou o órgão em um post em seu site.

De acordo com o conteúdo do post, a ideia é ser mais que um site que compila as atualizações do Facebook e Twitter do órgão.

Mais que isso, ele quer ser uma central de localização onde todos os que participam do serviço armado norte-americano que estejam interessados em aprender mais sobre as práticas de rede social podem ir e encontrar "tudo o que julguem ser necessário para atuar nessa área".

O uso de redes sociais é relativamente uma coisa nova para o Departamento de Defesa, que, obviamente, tem mais preocupações com segurança que outras agências federais. Depois de banir o uso dessas mídias em alguns segmentos, em maio, a agência soltou um comunicado dizendo que o acesso às redes deveria ser promovido.

O hub leva aos funcionários guidelines de como eles podem registrar com propriedade a presença do órgão nas redes sociais, assim como orientações de como um militar deve se comportar nesses sites.
O site traz ainda recursos educacionais, de forma que os militares aprendam realmente como usar essas mídias de acordo com as regras do departamento.

08abr
2009
Nesta segunda-feira eu escrevi sobre o poder do retweet. Um fato interessante é que logo após esse texto ter sido comentado pelo Edney no Twitter, seguiram-se 15 retweets, sendo que estes geraram mais 5 retweetadas. Tal procedimento em rede e o tráfego adicional gerado por aqueles retweets nos mostram outro aspecto interessante das redes: a força dos hubs.

Você certamente sabe que o um hub em uma rede social nada mais é que uma pessoa que tem um número muito alto de conexões. Certamente, o Edney (@interney) é um hub no Twitter. Neste momento, mais de 21 mil pessoas o seguem. Com tantos seguidores, não é de surpreender que um tweet do Edney renda muitos retweets. Em virtude da credibilidade que conquistou com o tempo, um texto que ele publique vem associado a sua autoridade na rede. É inclusive provável que seus "seguidores" no Twitter prestem mais atenção a uma mensagem enviada por ele do que por outra pessoa.
















E como o Edney, como outros hubs, transitam em muitas redes, o volume de informações com que tem contato lhe mantém muito bem informado. Sendo assim, as informações que hubs retransmitem são fruto de uma filtragem prévia. À medida que esse filtro se torna bastante seletivo, garantindo a qualidade das informações passadas adiante, novos interagentes passam a confiar no que o hub publica. Em outras palavras, o capital social dos hubs cresce de forma recursiva. Quanto mais capital social...mais capital social. É o efeito "ricos ficam mais ricos".

As mensagens publicadas por hubs acabam "escorrendo" para outros grupos a partir de retweets de pessoas que funcionam como pontes entre essas redes. Esses novos leitores podem se interessar em conhecer os tweets de quem enviou aquela mensagens original, conferindo-lhe novos seguidores no Twitter.
Enfim, podemos concluir que nem todos os tweets e retweets tem a mesma força. A assinatura de um hub em uma mensagem ou em uma retweetada confere "peso" e motiva o repasse daquela informação.





Postado por Ale Santos, às 11:56, em HUB Social, artigos.

É interessante como podemos relacionar jogos com um site de rede social.  Hoje em dia isso fica mais evidente com o avanço das tecnologias, mas se pararmos para pensar, é algo que vem acontecendo a séculos.
Vamos pensar no princípio das redes sociais, que podem ser descritas como um grupo de pessoas interligadas por uma motivação ou algo em comum, então basta voltar no tempo e lembrar do que acontecia em Roma no Coliseu. Vários homens lutavam em busca de honra ou pela sobrevivência mesmo e inúmeras pessoas passavam lá para assistir. Mantinham uma relação de torcida, tinham seus ídolos e até um indício de interatividade nos jogos, afinal era a platéia que decidia sobre a vida desses gladiadores.
Claro que com o tempo isso foi se aprimorando e os jogos também, hoje em dia temos centenas de redes sociais espalhadas pelo mundo com o nickname “Torcida”. Podemos até dizer que duas das maiores redes sociais de jogos esportivos no Brasil são a torcida do Flamengo e do Corinthians, a diferença está no tipo de interação entre os membros.

Para  deixar mais específico essa relação nada melhor do que um RPG. O Role Playing Game é um jogo de interpretação aonde um grupo de 4 a 8 jogadores ( em média ) fazem reuniões em dias determinados para jogar uma aventura. Cada um tem o seu papel no grupo, seguindo uma certa hierarquia. Geralmente as discussões não ficam apenas nas mesas de jogos e acabam transbordando para a vida de cada um dos jogadores.  O papel assumido dentro do jogo influência até  as relações pessoais e sempre criam muitos assuntos discutidos na próxima sessão. Os RPGs são tipicamente mais colaborativos e sociais do que competitivos e todos formam um time em busca de um objetivo comum (derrotar um vilão ou etc).
Outro tipo de jogo que tem um papel social forte é o Boardgame (Tabuleiro) como o WAR aonde , apesar da competição, há possibilidade de negociação e interação entre os jogadores. Inclusive esse papel social nos jogos de tabuleiro são apontados por alguns educadores como uma oportunidade excelente para o desenvolvimento cognitivo de crianças. Durante uma partida de um boardgame os jogadores  formam, de certa forma, uma rede social.
Com o computador jogos e redes foram se cruzando. Antigamente existiam os MUDs (Multi User Dungeons ) que eram jogos onde o player tinha que matar monstros e explorar mundos e as interações eram feitos através de comandos em inglês. Com o tempo surgiram os MMOs (Massive Multi Players) e as redes sociais dominaram os games. Em um MMO, além de ter que destruir / conquistar / derrotar algum monstro, o jogador pode participar de um clã, ou montar o seu. Mandar mensagens instantâneas, viajar para outros mapas dos jogos ou mesmo se casar (como é o Ragnarok online da Level Up).
Esses princípios começaram a ser usados também em games de consoles como o Playstation, criando Ranks online, atualizando informações de jogadores e outras formas de interação reativa. Hoje em dia sites como o Faceboock também utilizam games como forma de manter conectados os seu participantes.

No Máfia Wars, um sistema de game baseado em outros mais antigos como o The Game, você se transforma em um mafioso, monta sua gang, viaja para outros países, distribui presentes ou ganha, faz guerras e trabalhos sujos, mas o que faz a diferença nesse jogo é mesmo a participação ativa da sua rede de amigos do faceboock. Com certeza alguns amigos como o Nerosky e o Cássio podem falar um pouco sobre esse jogo viciante e como ele rouba seu tempo vago na internet (haha).
Agora nos resta fazer um comparativo para contextualizar melhor e para isso vamos usar dois produtos conhecidos, o Orkut e o Jogo Ragnarok da level UP, que na verdade é um MMORPG.

No Orkut, por exemplo, você pode criar um perfil, adicionar seus amigos em grupos selecionados, montar comunidades por temas específicos. Dá para conhecer muitas pessoas diferentes lá e que acabam virando amigos em alguns casos. Podemos escrever no perfil de um amigo, compartilhar arquivos (fotos, vídeos e imagens), fazer depoimentos e anunciar sua vida pessoal na mensagem de status. Geralmente a participação do Orkut pode se tornar multiplexa , ou seja , quando cada usuário utiliza o conteúdo de lá para montar sua blog, twittar ou qualquer forma que leve o conteúdo do fórum para uma outra parte da web. Além dos Fóruns de discussões
E no ragnarok?
Vamos ver, para começar o jogo você cria um perfil. Andando pelo mundo encontramos alguns amigos antigos. Geralmente no início não conseguimos matar os monstros sozinhos e acabamos criando grupos, que muitas vezes se tornam amigos. As relações também extrapolam o ambiente e passam para outras como msn, Twitter, comunidades no orkut, fóruns na web, blogues, etc. Há alguns encontros anuais de quem joga Ragnarok e outros jogos como Counter Strike tinham verdadeiros clãs, que andavam nas ruas e guerreavam nas lan houses.

Nosso amigo Marushio pode falar bem disso ele também gerencia um grande grupo de jogadores e já foi testemunha ocular da força que um jogo tem mesmo fora do ambiente digital. O compartilhamento de arquivos não é feito com fotos e vídeos, mas equipamentos como armas, medicamentos e itens especiais. As mensagens são instantâneas, mas há a possibilidade de enviar recados quando seu grupo está offline e criar alguns fóruns.
Mesmo com essa força da internet na relação dos games e social media, não podemos ignorar que as redes não são apenas online e os jogos não são só eletrônicos. A indústria do entretenimento é a que mais cresce no mundo e o Brasil é o segundo maior consumidor disso, por isso ferramentas de comunicação como Advergames crescem bastantes a cada dia. É sempre bom ficar antenado no que pode surgir por aí, inclusive games.
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2 comentários sobre “Hub Social - Games e redes sociais”

Com certeza o poder do entretenimento para a comunicação é o maior que há, pois além de gerar essa relação, interação e informação, é a melhor forma de aprendizado e fixação de uma mensagem. Segundo a Webcore Games “as pessoas se lembram de 10% do que lêem, 50% do que vêem e ouvem e 90% do que interagem.”
2.    Rafael Souza escreveu: 
dezembro 22nd, 2009 as 2:42 pm
Jogo videogames a minha vida toda, e vi bem a evolucao dessa industria, impossivel ignorar esse mercado, que infelizmente ainda eh timido no Brasil. Jogos como o recem lancado Modern Warfare 2 renderam mais $$$ que qualquer outra estreia de entretenimento (inclui ae livros, CDs, teatro e ate filmes no cinema, inacreditavel nao eh?). Joguei MMOs durante quase 5 anos (World of Warcraft, Warhammer) e poucos recursos online sao tao poderosos como ferramenta social. Isso sem citar as redes embutidas nos consoles modernos (Xbox 360, Playstation 3, etc). Ou seja, quem estiver ignorando ou nao acreditando nesse potencial, ja’ esta perdendo o bonde!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Nosso futebol, nossa política, nossas organizações. O que podemos aprender com filme que estréia hoje (Bem Amado)?

Se não dispensarmos esta “turma” que “administra” o futebol brasileiro, vamos ter que seguir assistindo aos campeonatos espanhol, italiano, ... para ver bom futebol. Detalhe: jogado pelos nossos craques !!!!

Acho que também aí temos um problema sério de Governança e Liderança. Aliás, como em vários aspectos de diversificados tipos de nossas Organizações.

Mas há uma esperança: a educação dos interessados (stakeholders) -> NÓS

Afinal hoje estréia, nos cinemas, uma grande aula lúdica sobre a “politicagem tupiniquim”, digna de nosso maior herói: Macunaíma – é hoje que conheceremos a nova versão de Odorico Paraguaçu, com Marco Nanini. Um novo ator para interpretar um “jeitinho” de fazer política demonstrado pela primeira vez em 1969!!!!  E que, “infelizmentemente” -  ops - continua muito atual !!!!

Ou seja, é uma prova cabal de que, no Brasil, muda-se tudo para manter igual algumas coisas muito importantes. Uma delas a “traquinagem alegre e descompromissada” de parte de nossas “elites” .....  ARGH!   Sniff Sniff



Odorico Paraguaçu

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Odorico Paraguaçu é uma cômica personagem ficcional criada pelo dramaturgo brasileiro Dias Gomes e vivido, na televisão pelo ator Paulo Gracindo.
Apareceu pela primeira vez na peça de teatro Odorico, o Bem Amado ou Os Mistérios do Amor e da Morte, encenada pela primeira vez em 30 de abril de 1969 no Teatro de Santa Isabel, no Rio de Janeiro, com o ator Procópio Ferreira na pele da personagem.

Prefeito da cidade de Sucupira, o personagem se caracteriza por sua obsessão em inaugurar o único cemitério da cidade, construído como a principal promessa de sua campanha para prefeito, já que, sempre que morria alguém na cidade, o corpo devia ser levado para a cidade vizinha para ser enterrado. O problema de Odorico é que, após a inauguração do cemitério, ninguém mais morria. Desesperado, esta situação fez com que tomasse iniciativas macabras para concretizar sua promessa, provocando cômicas situações.
No teatro o personagem foi vivido também pelo ator Marco Nanini. Na Televisão, o primeiro a interpretá-lo foi Rolando Boldrin.

Pra Frente Sucupira!

Um trecho da entrevista – uma aula de “política”

Pra Frente Sucupira!: Obrigado por nos receber, prefeito!

Odorico Paraguaçu: É com a alma lavada e enxaguada que lhe recebo em nossa humilde cidade.

PFS: Prefeito Odorico, o senhor está se candidatando ao seu sexto mandato de prefeito nos últimos 30 anos. Seu slogan de campanha é uma adaptação do utilizado em sua primeira candidatura: "Vote num homem sério e ganhe um cemitério... novo!". A oposição o acusa de não ter propostas sérias a apresentar...

Odorico: Isso é intriga dessa oposição temerista pra me desmoralizar! A construção de um novo cemitério é uma obra que entrará para os anais e menstruais de Sucupira! Devemos proteger essa grande instituição de qualquer democracia de primeiro mundo, que é o direito de falecimento! E o falecimento é condição sine qua non do estado defuntício, que liberará o sucupirano dos seus afazeres terrenos e o levará para o colo de nosso onipotentíssimo Criador.

PFS: A oposição também o acusa de cobrar impostos abusivos e de defender metódos antidemocráticos. Dizem até que falsificou a própria morte...

Odorico: Isso é uma declaração inverídica, sem-vergonhista e demagogista. Em primeiro lugar, nós tamo precisando desse dinheiro dos impostos pra resolver grandes problemas! E tudo mundo sabe, que durante toda a minha carreira política, nunca entrou nesse bolso um tostão do povo! Além disso, ninguém nessa cidade é mais democrata do que eu. Mas como grande filosofista político que sou, eu tenho uma alternativa a esse modelo político a que chamo Democradura! Se na democracia o povo escolhe a gente, na democradura, a gente escolhe o povo que vai escolher a gente!

Quanto à acusação de ter inventado o atentado que quase arrancou a minha humilde e devotada vida, é uma negação dos fatos talqualmente aconteceram. A verdade é que eles não sabiam que eu, Odorico Paraguaçu, filho de Eleutério e neto de Felinto Paraguaçu, tenho o corpo fechado e lacrado, excetuando os orifícios que a natureza achou por bem deixar em aberto.

O povo sucupirano me conhece, e sabe que eu não minto!

PFS: A imprensa tem publicado reportagens acusando-o de usar o ex-pistoleiro e seu protegido Zeca Diabo para amedrontar os seus adversários...

Odorico: Isso é intriga dessa... imprensa amarelista! Não sou, nem nunca fui jaguncista. Tenho somentemente uma guarda pessoal, talqualmente George Bush, Hugo Chávez e outros estadistas visados pelos inimigos da democracia.
Veja completa em:

sexta-feira, 23 de julho de 2010 7:28

'O bem amado' na telona

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC

0 comentário(s)

http://www.dgabc.com.br/2008/files/noticia/5822515.jpg
As obras de Dias Gomes (1922-1999) sempre tiveram grande apelo popular. Uma delas em especial se mostrou tão querida que deixou as páginas para ganhar adaptações na televisão, teatro e agora no cinema, com O Bem Amado, que estréia hoje nos cinemas (duas salas na região). O filme traz uma boa dose de risadas e relembra o que de melhor o cinema brasileiro tem a apresentar: a comédia.

Ainda estão na memória - de muita gente - as artimanhas boladas pelo ator Paulo Gracindo (1911-1995) no papel do falastrão político Odorico Paraguaçu na novela homônima da década de 1970 - e que viria a gerar uma série televisa nos anos 1980.

Mais recentemente, a história ganhou vida nos teatros e foi a partir desta adaptação que o ator Marco Nanini, astro da peça, se uniu ao diretor Guel Arraes para levar o conto para as telonas. "Levei tudo do teatro para o cinema porque já existia a perspectiva da produção. Procurei já ter uma intimidade com o personagem", explica Nanini.

Na trama, Odorico Paraguaçu acaba de ser eleito prefeito da cidade de Sucupira e promete a construção de um cemitério para o local. Após a obra superfaturada ficar pronta, os problemas começam quando não há nenhum corpo para inaugurar o projeto.

Enquanto começa a bolar diversos planos ao lado de seu secretário Dirceu Borboleta (Matheus Nachtergaele), o político precisa lidar com seu envolvimento amoroso com o fogoso trio das Irmãs Cajazeiras (vividas por Zezé Polessa, Andréa Beltrão e Drica Moraes). Sua vida pública e pessoal é acompanhada de perto pelos repórteres do jornal A Trombeta, que fazem de tudo para desmoralizar o novo prefeito.

O jeito teatral e político do protagonista é um prato cheio para piadas. Seus discursos prolixos contam com engraçados neologismos quando explicam que o ‘construimento'' do cemitério é perseguido pela imprensa ‘marronzista'' ou remete a seus encontros ‘sigilentos'' no gabinete da prefeitura.

Ambientada na década de 1960, a trama sofreu pequenas modificações para não parecer antiga demais. "Não queria fazer algo de época com termos e bordões atuais. Foi preciso atualizar pensando naquele tempo. Fazer um Odorico como um coronel do interior não diria muita coisa hoje", diz Arraes.

As cenas gravadas na ensolarada cidade de Marechal Deodoro, em Maceió, ganham vida com a boa trilha sonora que conta com participação de Caetano Veloso, Zé Ramalho e Jorge Mautner, entre outros.

O Bem Amado chega aos cinemas gabaritado pelo sucesso do passado, mas também pressionado a agradar um novo tipo de público. O carismático Odorico Paraguaçu se une a uma lista de ricos personagens das obras de Arraes, casos de João Grilo (O Auto da Compadecida) e Leléu (Lisbela e o Prisioneiro), e não fica atrás desses figuras.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Época Negócios - Obsessivo? Carismático? Super especialista? Workhaolic? => VOCÊ JÁ ERA! -Conheça as novas competências do líder do século 21....

Edição 41 - Julho de 2010
A reportagem de capa desta edição, que ocupa 28 páginas, tem como tema uma extraordinária transformação cultural que desafia líderes corporativos em todo o mundo. Trata-se das novas competências necessárias para lidar com a crescente complexidade do mundo dos negócios. Para escrever uma reportagem em profundidade, o editor-executivo Alexandre Teixeira passou os últimos dois meses pesquisando 11 estudos internacionais elaborados por alguns dos principais centros de irradiação de inteligência corporativa. Nesse período, entrevistou 18 fontes, entre consultores, acadêmicos e presidentes de empresas. “As barreiras entre as áreas das empresas estão desaparecendo porque os altos executivos são cada vez mais generalistas e trabalham mais próximos das áreas de negócios”, diz Teixeira. “A ideia do especialista em finanças que só trabalha para o departamento financeiro, ou do marqueteiro para o marketing, está acabando.”
Isto significa que a competência técnica deixou de ser um diferencial para se tornar pré-requisito. O que realmente diferencia os líderes nestes tempos é a qualidade do pensamento estratégico e a excelência na gestão de pessoas.

Como se tornar um líder do século 21 (trecho)


Talento para lidar com pessoas. Disposição para encarar a complexidade. Espírito de equipe. Essas competências ganham o centro de uma transformação que vai forjar as novas lideranças e mudar as empresas. Você está preparado?

Por Alexandre Teixeira
http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI153145-16642,00-COMO+SE+TORNAR+UM+LIDER+DO+SECULO+TRECHO.html
Leia nesta página um trecho da reportagem de capa de Época NEGÓCIOS. O texto integral pode ser lido na edição de junho de 2010. Assinantes têm acesso à reportagem na íntegra, clicando aqui.
Paulo Varella
A julgar pelo que se diz no mundo dos negócios, uma revolução libertadora está a caminho. “Deem ordens ao seu chefe o quanto antes; experimentem fazer isso logo no início. Se ele for o tipo certo de chefe, nada o agradará mais; se não for, ele não é a pessoa certa com quem vocês devam ficar”, afirmou um dos maiores nomes da siderurgia mundial. “Todo esse falatório sobre supergênios é besteira. Descobri que quando as estrelas vão embora, raramente seus departamentos sofrem”, adicionou um de seus pares. “Um empregador está sempre procurando mentes questionadoras”, disse o herdeiro de um dos grandes impérios automobilísticos. Boas-vindas à Geração Y? Não exatamente. As três frases foram ditas, respectivamente, por Andrew Carnegie (1835-1919), Charles Schwab (1862-1939) e Henry Ford II (1917-1987), dois barões do aço da virada do século 19 para o 20 e o neto do criador do conceito de linha de montagem. Suas práticas empresariais nunca foram propriamente democráticas. Durante uma greve conflituosa em sua siderúrgica, em 1892, o mesmo Carnegie que conclamava funcionários a darem ordens aos chefes refugiou-se em sua Escócia natal e enviou 300 seguranças truculentos para dispersar os trabalhadores parados.
O discurso libertário criou mofo faz tempo nas bibliotecas corporativas, mas o modelo autoritário de liderança dá sinais reais de esgotamento e algo novo começa, finalmente, a ser erguido em seu lugar. “Em grande parte, sua empresa está sendo administrada, neste exato momento, por um pequeno grupo de teóricos e profissionais que já morreram há muito tempo e criaram as regras e convenções da gestão ‘moderna’ nos primeiros anos do século 20”, afirma Gary Hamel, um dos mais influentes pensadores dos negócios da atualidade, no prefácio de O Futuro da Administração. “Contudo, à diferença das leis da física, as leis da gestão não são nem predeterminadas nem eternas – ainda bem, pois o mecanismo de gestão está sobrecarregado com o peso de uma carga que não estava programado para carregar. Mudanças abruptas, vantagens fugazes, inovações tecnológicas, concorrentes indisciplinados, mercados fragmentados, clientes poderosos, acionistas rebeldes – esses desafios do século 21 estão pondo à prova os limites da estrutura das organizações em todo o mundo, e expondo as limitações do modelo de gestão que não conseguiu acompanhar os tempos”, escreveu Hamel.
Sacudidas de um torpor de décadas para uma recessão global, muitas companhias se deram conta de que, em um período crítico de suas histórias, estão sendo comandadas por líderes do século passado. Em uma pesquisa divulgada no mês passado, a IBM constatou que 79% de um grupo de mais de 1,5 mil CEOs de 60 países e 33 setores espera aumento da complexidade, mas apenas 49% sente-se preparado para enfrentá-lo. Entre as empresas americanas, 67% admitiram, em outro levantamento recente, que seus principais gestores precisam aprimorar habilidades de liderança, e 53% afirmaram sentir falta de competências como planejamento estratégico e habilidades de comunicação (veja quadro). Muitas das principais demandas reprimidas das companhias em relação a seus líderes, como motivar gestores e desenvolver funcionários, têm a ver com gestão de pessoas. Essa competência, antes negligenciada, está no centro de uma revolução que, segundo teóricos como Hamel, marcará o fim da era da liderança autoritária e o início de um ciclo competitivo centrado no capital humano.
Recém-saídas de um torpor de décadas para uma recessão global, muitas companhias se deram conta de que são comandadas por líderes do século passado. Entre as deficiências, as mais citadas têm relação com a gestão de pessoas

ATIVOS INTANGÍVEIS
O século 21 trouxe com ele uma mudança de paradigma no modo como se gerencia. A velha economia era centrada em custo. Sua equação definidora era: preço = custo + margem. A base para a criação de valor eram os ativos tangíveis, como dinheiro, instalações e produtos. O foco estava na produção. Ou seja, na oferta de mercadorias. Isso levava os executivos a olharem sobretudo para dentro de suas fábricas. Já a nova economia centra-se no cliente. A equação do momento é outra: valor = clientes + capital intelectual. Logo, a base para a criação de valor são os ativos intangíveis, como a capacidade de capturar a inteligência dos colaboradores e as necessidades dos clientes. O fator decisivo de sucesso é a geração de demanda. Dito de outro modo, não é a oferta que cria a demanda; é a demanda que induz a oferta. Não por acaso, a manufatura de produtos muitas vezes é terceirizada. É um mundo de fronteiras difusas, no qual os esforços conjuntos para inovar transformam em borrões os limites entre diferentes companhias. “Não sei onde acaba minha empresa e começa a do meu parceiro” é uma das frases definidoras desta era.
Naturalmente, essa mudança de paradigma traz um novo leque de competências exigidas dos líderes contemporâneos. Algumas delas formam uma pequena agenda do bem, como o compromisso com o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Não é por acaso que executivos acima do peso deram lugar a profissionais em forma, muitas vezes com físicos – e rotinas – de atleta. O cuidado com o corpo e com a mente passou a ser reverenciado. Quem diz não ter tempo para isso provavelmente não se preocupará com o bem-estar de seus liderados. Ou o compromisso com a sustentabilidade. O executivo cobiçado não é o ambientalista, mas aquele que consegue enxergar novas formas de fazer negócios, aproveitando as demandas ambientais e sociais contemporâneas. Além de “do bem”, o executivo do século 21 é um generalista. As empresas de ponta já se preocupam menos com a especialidade do executivo e mais com sua capacidade de liderança. Décadas em um mesmo setor são cada vez menos valorizadas.
No que diz respeito à formação, finanças é uma disciplina mais importante hoje do que foi no passado. Valoriza-se a percepção de riscos e oportunidades no mercado. Antes, o profissional financeiro era muito técnico. Agora, tem de ser estratégico. Justamente por isso, está ficando cada vez mais comum ver diretores financeiros promovidos a presidente (leia mais na página 102). “Não dá para vir do marketing ou da operação sem muito conhecimento de finanças e assumir a presidência”, afirma Alexandre Fialho, diretor do Hay Group, uma consultoria global de gestão. Esta é uma tendência que chegou antes da crise financeira. No Brasil, está relacionada à sofisticação e à maior penetração do mercado de capitais no mundo empresarial. “Quando os juros eram muito altos, qualquer aplicação dava resultado. Agora, é preciso saber o que se está fazendo”, diz Fialho.
Jim Kouzes e Barry Posner, autores do best-seller O Desafio da Liderança, realizaram recentemente uma pesquisa com milhares de profissionais dos mais variados níveis sobre as qualidades que desejam em seus líderes. O atributo visionário só perdeu para honesto. Foi selecionado por 72% dos respondentes. “Essa é a boa notícia”, afirmam Kouzes e Posner no ensaio que escreveram para o livro A Nova Organização do Futuro. “A má é que os líderes de hoje são péssimos nisso.” Isso acontece em parte porque os profissionais e as empresas são reféns do presente, pedalando incessantemente a bicicleta dos lucros trimestrais, o que os impede de parar, por alguns minutos que seja, para pensar além dos três meses que estão adiante. Isso não é novidade no mundo das companhias abertas, mas a maior complexidade dos problemas, as doses cavalares de incerteza e as jornadas de trabalho sem fim não facilitam a vida de quem tem a obrigação de ser visionário. Não é à toa que não existem muitos Steve Jobs por aí.
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