Um dos tópicos na agenda do grupo abaixo é “O uso e impacto de Redes Sociais em Ambientes Corporativos”.
Dia 27.07 (quinta-feira) faremos nossa primeira reunião do Grupo de Estudos de Redes Sociais e Inovação Digital, com Gil Giardelli. Estão todos convidados! E, aos que moram em outros estados, faremos um streaming. Não deixe de acompanhar. Além da transmissão, nossas redes Twitter e Facebook estarão cobrindo os melhores momentos e respondendo dúvidas. Use nossa hashtag #inovadoresespm
Mais informações
Horário: A reunião começa às 19:30 hrs. Chegue a hora que puder!
Local: ESPM-SP (Rua Dr. Álvaro Alvim, 123 – Vila Mariana) – Prédio C – 5 andar
Horário: A reunião começa às 19:30 hrs. Chegue a hora que puder!
Local: ESPM-SP (Rua Dr. Álvaro Alvim, 123 – Vila Mariana) – Prédio C – 5 andar
Uma reflexão pessoal sobre o assunto:
· A maioria das Organizações não conhece os potenciais e riscos associados às Mídias e Redes Sociais. Como precaução, não estimulam, ou buscam impedir seu uso, no Ambiente Corporativo. Não funcionará:
§ Reduz ou impede a Otimização da Geração de Valor pois bloqueia os canais de internalização de idéias e tendências, bem como o acesso ao Repositório Mundial de Conhecimentos e, principalmente, RELACIONAMENTOS, que é a WEB.
§ Os Celulares, Netbooks e Notebooks tem acesso à WEB, muitas vezes com taxas de conexão muito melhores do que as disponíveis na maioria das Organizações.
§ Se a Organização não “entrar na conversa”, apenas não saberá e, como conseqüência, não poderá reagir, ao que está sendo falado dela, nas Redes Sociais (“tática da avestruz”). Nunca poderá impedir que as PESSOAS, por exemplo: clientes, colaboradores, fornecedores, parceiros, concorrentes, melhorem ou degradem sua reputação (marca).
· Aí surge a “pergunta que não quer calar”:
Como conseguir que TODOS OS COLABORADORES, “conversando nas redes Sociais”, promovam os interesses da Organização? Ou, pelo menos, não atrapalhem esses interesses?
Um exemplo, citado ontem, foi de um colaborador de uma concessionária de rodovias, que postou uma foto, via celular, de um acidente grave, de moto, ocorrido em uma das rodovias sob administração da Organização, no YouTube, com milhares de acessos. Como fazer para que, pelo menos os colaboradores, não postem? (já que não será possível controlar os usuários da rodovia).
Ai vem a reflexão: o que funcionará melhor, Lealdade (Cidadania) Organizacional ou Código de Conduta ?
· A Organização Google investe em Lealdade (Cidadania) Organizacional (cada colaborador é cativado para se preocupar em como suas ações afetam o coletivo de geração de valor do qual faz parte (análogo à política (forma de gerir a polis (cidade) de Atenas)
GPTW - NOTÍCIAS - O jeito Google
20 ago. 2010 ... Além de definir o jeito como usamos a rede hoje, o Google ajuda a difundir uma forma de trabalhar alternativa. Seu jeito descontraído e ...revistaepoca.globo.com/.../0,, EMI164680-16165,00-O+JEITO+GOO GLE.html
· Mas a maioria das Organizações ainda procura tratar o problema como Código de Conduta ou Norma (cada colaborador deve se preocupar com as conseqüências legais de sua atuação (análogo à política (forma de gerir a polis (cidade) de Esparta).
Foi lembrado, ontem, que a maioria das Organizações modernas tem variados tipos de relações jurídicas com as Pessoas que participam de seu processo de produção de valor (funcionários, terceirizados, parceiros, serviços remotos via WEB, etc.). O enfoque normativo gerará uma incerteza jurídica para cada ato dos colaboradores (queda de produtividade) e potencializará a ocorrência de conflitos legais, sempre custosos, ainda mais na realidade brasileira.
Se você também se interessa pelo assunto, junte-se à nós:
#inovadoresespm (em breve teremos outros canais: blogs, ning, twitter e facebook de cada um de nós)
Reunião presencial geral (todos os grupos de trabalho e recepção de novos pares: ultima quarta de cada mês, próxima: 23/02/2011)
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Atenciosamente.
Claudio Estevam Próspero
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Antes de imprimir, pense em sua responsabilidade e compromisso com o MEIO AMBIENTE.
Nossa Espécie (Homo Sapiens Sapiens Demens - Edgar Morin) Agradece!
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Algumas referências históricas:
O Estado, entre os gregos, surgiu no final do Período Homérico e no início da chamada era Arcaica. À gradativa diferenciação da sociedade em classes - fenômeno ocorrido quando da desintegração do sistema gentílico - correspondeu o progressivo distanciamento do poder político, que tendeu a se concentrar nas mãos da aristocracia de nascimento e a se separar da maioria da sociedade, opondo-se a ela. Ao mesmo tempo, as comunidades ligadas pelo parentesco passaram a se unir sob o princípio da territorialidade formando a polis.
Os gregos não ultrapassaram a concepção de cidades-estados: as polis gregas permaneceram isoladas, constituindo estados autônomos . Nenhuma das cidades- estado chegou a atingir o equilíbrio interno dos diferentes fatores econômicos e sociais que permitisse lançar-se a empreendimentos exteriores capazes de impulsionar a unificação da Grécia.
Quando os gregos se referem a uma polis, não tinham em mente apenas seu território. Ao dizer, por exemplo, Atenas, referiam-se ao mesmo tempo aos atenienses e ao seu governo. A pólis não é, portanto, um lugar geográfico, mas um espaço político. As cidades-estado gregas tinham vários traços em comum, mas suas particularidades se destacavam. Ciosas de sua independência e de suas peculiaridades, elas tendiam a rivalizar em todos os campos – esportivo, artístico, militar – uma com as outras.
ESPARTA.
SOCIEDADE ESPARTANA
Havia em Esparta TRÊS CAMADAS SOCIAIS bem diferenciadas:
Os espartanos ou espartíatas eram a classe dominante, formada pelas famílias dos conquistadores dórios. Estavam proibidos de se dedicarem à agricultura, ao comércio ou a qualquer outra atividade que não fosse a política e a guerra: eram verdadeiros soldados profissionais.
A segunda camada social era formada pelos periecos. Eram os elementos que haviam se submetido, sem oporem grande resistência aos conquistadores dórios. Eram camponeses, comerciantes e artesãos, podendo possuir terras e bens móveis; gozavam de uma certa autonomia, vigiada por funcionários espartanos e obrigados a pagar tributos. O casamento entre espartanos e periecos era proibido. Serviam no exército em unidades à parte, pois o serviço militar lhes era obrigatório.
A última camada social era composta pelos hilotas.
Representam as populações dominadas e reduzidas à escravidão pública. Trabalhavam na agricultura nos kleros (lotes de terra) para sustentar o proprietário e sua família. O que distinguia, em primeiro lugar, os hilotas dos outros escravos de outros estados gregos é que eles eram propriedade do Estado, ‗escravos públicos’. Além disso, um conjunto de fatores permite que eles sejam caracterizados mais como servos do que como escravos propriamente ditos . Cultivavam a terra com suas ferramentas e pagavam uma renda anual fixa (apófora) in natura: trigo. vinho, queijo, azeite. Os Hilotas iam muitas vezes á guerra, como escolta, carregadores, criados. Sua vida era tão dura que o poeta espartano Tirteu os comparou a "asnos sobrecarregados". Suas revoltas eram freqüentes o que colocava os dominadores espartanos sob constante ameaça. Para prevenir essas revoltas, os espartanos exerciam, anualmente, matanças de hilotas nas aldeias (as críptias )
O GOVERNO ESPARTANO
A legislação espartana baseava-se num código de leis atribuído a um legislador lendário Licurgo, cuja existência é posta em dúvida pela história. Essa legislação preservava a sociedade assegurando aos espartíatas totais privilégios.
Toda sociedade e a educação espartanas estavam voltadas para a guerra. Nesse tipo de organização social o exército tinha importância fundamental. Era sobre ele que se assentava a ordem interna e a defesa externa. O estado espartano regulamentava minuciosamente a vida familiar. Não existe em Esparta a vida privada e a vida pública, pois o Estado sintetiza todas as atenções e os interesses.
Do ponto de vista cultural o governo estimula o laconismo, a xenofobia e axenelasia. O laconismo consiste em falar tudo de maneira sintética, em poucas palavras. Isso para limitar a capacidade de raciocínio e o espírito crítico dos cidadãos. A xenofobia (aversão aos estrangeiros) e xenelasia (expulsão dos estrangeiros) impedem o contato com idéias inovadoras e, portanto, consideradas subversivas para o sistema espartano.
Tanto o laconismo, quanto a xenofobia e xenelasia, eram meios para reforçar o status quo e evitar mudanças. O medo dos hilotas fortaleceu o estado e militarizou Esparta que organizou a sociedade basicamente em torno de dois objetivos: formar os mais adestrados e disciplinados soldados e, ao mesmo tempo, criar mecanismos que garantissem o máximo de coesão e solidariedade entre eles. O mais importante passo dado nesse sentido foi a distribuição eqüitativa das terras conquistadas, em forma de lotes (Kleros) para as famílias espartanas. Esses lotes, embora transmissíveis por herança, não eram propriedade privada, mas estatais. Nele trabalhavam os hilotas que eram escravos do Estado cedidos aos cidadãos. Isso inibia a concorrência e o individualismo, introduzindo a uniformidade entre os espartanos, que, orgulhosamente, chamavam a si próprios de homoioi (iguais).
Por outro lado, atendidos em suas necessidades básicas pelo trabalho dos hilotas, os espartanos dedicavam-se integralmente à vida militar. E isso fazia sentido numa sociedade na qual, para cada espartano, existiam dez hilotas. A superioridade numérica dos hilotas precisava ser contrabalançada pela qualidade militar dos espartanos. Nesse sentido, Esparta procurou sempre tornar suas leis imutáveis, tornando-se um Estado conservador e reacionário.
Para garantir o status quo, isto é, a dominação de uma minoria sobre a maioria de escravos e periecos, Esparta organizou um sistema especial de educação. Os cidadãos deviam viver para o Estado e não para a família ou para si mesmos. Deviam fazer guerra contra os inimigos de Esparta e procriar os filhos necessários para fortalecer as fileiras do exército. Isso explica a relativa liberdade sexual: até os empréstimos de esposas eram tolerados, desde que a finalidade fosse procriar filhos para o Estado.
A EDUCAÇÃO ESPARTANA
Assim que nascia, a criança era examinada pelos velhos, que decidiam sobre sua vida ou sua morte. Se fosse robusta, sem defeitos físicos, a criança devia viver; se não, era lançada do alto do Monte Taigeto, para que não transmitisse mais tarde sua inferioridade física.
A criança ficava sob os cuidados da mãe até os sete anos de idade. Em seguida era entregue ao Estado que lhe dava educação cívica até os doze anos. Todos os ensinamentos baseavam-se nos valores próprios do Estado; Em grupos meninos e meninas eram instruídos e acordo com os interesses dos espartanos. Aos 12 anos, os meninos eram mandados para o campo onde deviam sustentar-se por conta própria. Esta era a fase de educação militar propriamente dita. Dormiam ao ar livre, sobre camas feitas de bambu que colhiam com as próprias mãos, sem ferramenta às margem do Rio Eurotas. Tudo o que comiam era roubado. Aprendiam a roubar com destreza e habilidade, pois se fossem surpreendidos roubando seriam espancados até a morte, não por causa do roubo, mas pela demonstração de inabilidade.
Esta fase de educação tinha por finalidade fortalecer o físico e desenvolver a destreza, indispensáveis ao bom soldado. Aos 17 anos, os rapazes eram submetidos a uma prova de habilidade, a Kríptia. Durante o dia os meninos se espalhavam pelo campo munidos de punhais; à noite degolavam todos os escravos que conseguiam apanhar. Aqueles que passavam por esta ‘prova‘ tornavam-se maiores e recebiam um lote de terra. Em seguida passavam a viver como soldados no quartel. Até os 30 anos os espartíatas não podiam se casar, apenas coabitar. Dos 30 anos em diante podiam participar da Assembléia, casar e deixar o cabelo crescer. Aos 60 anos se aposentavam do exército e podiam tomar parte no Conselho dos Anciãos (Gerúsia).
Essa educação, ao mesmo tempo em que preparava para a guerra, contribuía para eliminar uma parte de escravos. Isso impedia seu crescimento exagerado (que representava uma ameaça para os espartíatas) e facilitava o seu domínio através do terror. Mas o próprio aumento da população espartíata era limitado por esse tipo de educação. De fato, embora numerosos devido à liberdade sexual existente, muitos filhos morriam logo depois de nascer, ao serem lançados do Taigeto; outros desapareciam durante a fase de educação militar, mortos pela fome, pelo frio, pelos castigos ou na luta contra os escravos. Desse modo, o número de escravos não aumentava e o dos cidadãos também não. Essa estabilidade demográfica contribuía para a preservação do imobilismo da sociedade, pois aliviava a pressão dos escravos e diminuía a necessidade de mais terra para novos cidadãos.
A educação feminina restringia-se a fazer das mulheres mães de crianças sadias. As jovens praticavam ginástica e eram habituadas a se mostrar nuas nas festas, podendo chegar a serem emprestadas, visando, evidentemente o aprimoramento da raça. Comparativamente, elas eram muito mais livres do que as mulheres de Atenas, já que a vida familiar era reduzida a quase nada. A educação das crianças era tarefa do Estado e os maridos passavam a maior parte do tempo nos quartéis.
ATENAS.
PERÍODO ARCAICO : ATENAS (EVOLUÇÃO POLÍTICA)
1. A Monarquia
Havia o baileus (o rei), portanto uma monarquia hereditária. O rei é chefe de guerra, juiz e sacerdote. Seu poder é limitado por um Conselho de aristocratas (Areópago). A população dividia-se em cinco classes:
Eupátridas: os bem nascidos. representam a aristocracia agrária, dona das melhores terras
Geomores: (georgoi) formada pelos pequenos proprietários de terras.
Demiurgos: comerciantes e artesãos
Metecos: classe social constituída de estrangeiros. Eram comerciantes, pessoalmente livres, mas sem direitos civis ou políticos
Escravos: prisioneiros de guerra, sem direitos políticos, eram inicialmente inexpressivos, mas logo se transformaram na base da produção agrária. Em Atenas atuavam em todos os ofícios, exceto na atividade política. Podiam chegar à liberdade, mas nunca à cidadania.
Os eupátridas, donos das maiores e melhores terras na planície (pédion), buscavam preservar seus privilégios e o poder. Já os comerciantes buscavam mudanças a fim de conseguir participação no poder. Em pior situação estavam os georgois, habitantes da montanha, vivendo em péssimas condições e sem direitos políticos. Muitos recorriam a empréstimos para poder cultivar suas terras, visando a sobrevivência. Não podendo satisfazer suas contas, muitos tinham hipotecado suas terras aos ricos e depois, como eram incapazes de pagarem as dívidas, eram reduzidos por ele à escravidão e até vendidos para o estrangeiro. (escravidão por dívida)
2.Oligarquia
No século VIII a.C., a realeza já se encontrava em dissolução; a obediência ao rei era apenas nominal, por parte dos chefes das famílias aristocratas. A monarquia cedeu lugar a um regime aristocrático: o Arcontado composto por nove pessoas: Arconte-Polemarco — comandante do exército, Arconte-Epónimo — assuntos internos (administração), Arconte-Rei funções sacerdotais, Arcontes-Tesmótetas (seis) encarregados pela legislação. Através dessa estrutura juridico-política, os eupátridas exerciam seu domínio sobre toda a população da Ática, enquanto a massa trabalhadora não possuía qualquer poder de decisão política. Com o Arcontado o Governo de Atenas passa a seroligárquico. Com a colonização os comerciantes e os artesãos tomaram-se cada vez mais numerosos, iniciando um processo de ascensão social. Os aristocratas eram, portanto, pressionados pelos enriquecidos pelo comércio e pelos pobres marginalizados. Queriam ambos a participação política. Inicia, assim, em Atenas um período de reformas entre as quais destacam-se como mais importantes a de Drácon e a de Sólon.
3. A Timocracia - Drácon foi encarregado de preparar uma lei escrita, pois até então só era oral. As leis elaboradas por ele eram extremamente severas e previam a pena de morte para a maioria dos crimes. A legislação de Drácon foi importante, pois a partir de sua aprovação, a lei, a justiça, deixaram de ser privilégios dos eupátridas. O estado se fortalece com isso. No plano prático, porém, pouca coisa mudou. Sólon, aristocrata de nascimento, comerciante de profissão, estimulou a vinda de estrangeiros (metecos); introduziu a reforma monetária criando a dracma (moeda grega). Do ponto de vista social suprimiu o direito à primogenitura e foi autor da Lei Seisachtéia que proibia a escravidão por dívida, eliminando as hipotecas, devolvendo assim as terras aos antigos proprietários. Do ponto de vista político determinou a abolição do poder pela aristocracia (critério de nascimento) e introduziu o critério de renda. A sociedade ficou assim dividida: pentacosiomedimnus riqueza equivalente a 500 dracmas anuais; Hipeis (cavaleiros) 300 dracmas anuais; Zeugitas com 200 dracmas por anos e os thetas com renda inferior a 200 dracmas OBS:A reforma de Sólon foi importante porque grande foi a perda da classe aristocrata que viu os comerciantes crescerem e ocuparem os altos escalões do governo ateniense. Por ser um governo formado pelos mais ricos é chamado de plutocracia ou timocracia. A grande importância da Reforma de Sólon foi a possibilidade de todos os cidadãos ateniense – daí excluídos os estrangeiros, as mulheres e os escravos – poderem participar da assembléia do povo, que elegia todos os funcionários do Estado. A reforma de Sólon desagradou aos eupátridas que tiveram que fazer grandes concessões e descontentou as classes inferiores, acirrando a luta de classe em Atenas, favorecendo o advento da Tirania.
4.Tirania No século VI a.C. os diversos interesses em jogo cristalizaram-se em Atenas três agrupamentos sociais, geograficamente bem delimitados. Os pedianos, grandes proprietários da planície; os diacrianos, formado por camponeses que desejavam mudanças mais radicais na estrutura sócio-política da Ática. Os paralianos partido constituído pelos ricos comerciantes e armadores e proprietários de oficinas artesanais, beneficiados com a nova ordem estabelecida por Sólon. O partido diacriano foi encabeçado por Psistrato, cujo governo destacou-se pelo caráter anti-aristocrático. De fato, Psistrato resolve a questão agrária devolvendo terras aos antigos proprietários que tinham perdido suas terras (hectemoros). No setor urbano realizou grandes obras públicas para a urbanização de Atenas, gerando emprego para uma multidão de desempregados. O comércio e o artesanato foram incrementados construindo uma grande frota de comércio e estabelecendo relações comerciais com o exterior. Ao fazer isso conseguiu o apoio dos comerciantes (paralianos) tornando-os aliados na luta contra os eupátridas. Após a morte de Psistrato assumiram o poder Hiparco e Hipias seus filhos mas que não conseguiram dar continuidade ao governo do pai.
OBS: Com a tirania as pequenas e médias propriedades se consolidaram e a nobreza perdeu o monopólio político que detinha. Tal período representa a transição para a democracia.
5. A reforma de Clístenes: a DEMOCRACIA Os atenienses foram divididos em cem circunscrições territoriais – demos – distribuídas por três regiões: a cidade, a costa e o interior. Os cem demos foram agrupados em dez tribos, levando-se em conta um detalhe importante: cada tribo era formada por um número proporcional de demos de cada uma das três divisões regionais (cidade, costa, interior) para evitar particularismos. Com isso todos os cidadãos independentemente de sua condição, passaram a pertencer a um demos. A influência dos interesses locais foi neutralizada em favor dos interesses gerais como também foi neutralizada a influência política das grandes famílias aristocráticas. Com esta reforma Clístenes organizou seu novo governo, do qual participavam todos os cidadãos gregos.
CARACTERÍSTICAS E LIMITES DA DEMOCRACIA GREGA
Mas quem era cidadão em Atenas? Vamos procurar entender. Não eram todos os habitantes da cidade! Em uma população calculada em 400 mil pessoas, eles somavam 40 mil.
Deve-se entender que a noção de cidadania para os gregos estava intimamente vinculada à defesa militar da cidade. Somente aqueles que estavam aptos para o combate e dispostos a arriscar a propria vida para defende-la tinham o direito à cidadania plena. Encontravam-se nesta categoria todos os guerreiros que fossem também proprietários de terra e, portanto, capazes de se equipar às próprias custas.
Com base em tais critérios, mulheres e crianças estavam excluídos dessa categoria por não serem combatentes, apesar de leais à cidade. Os escravos, em geral capturados em guerra, eram considerados potenciais inimigos. Quanto aos estrangeiros, as cidades gregas jamais mostraram disposição para incorporá-los. Ao proibir que adquirissem terras, deixavam clara esta disposição. Por isso não lhes era atribuída a responsabilidade de defender a cidade e, conseqüentemente, não se cogitava em que se tornassem cidadãos. Tudo isso fazia com que o universo de cidadãos se restringisse a escassos 10% da população.
Em comparação com o moderno conceito de democracia, a grega era bastante limitada, pois, de fato, excluía a maioria da população das decisões políticas. A democracia grega difere da moderna ainda em outro ponto: era uma democracia direta, enquanto a nossa é representativa.
Foram, porém, eliminadas as desigualdades políticas entre os cidadãos. Todos passaram a ter o mesmo direito de participação, independentemente de sua origem social ou riqueza. Os órgãos mais importantes desse sistema eram a Eclésia, ou Assembléia popular, da qual participavam todos os cidadãos. Depois existia a Bule ou Conselho dos 500 que possuía funções legislativas. O poder judiciário era exercido pela Heliéia e o poder executivo confiado inicialmente aos arcontes, passou a ser exercido por generais denominados estrategos
Uma importante inovação do governo de Clístenes foi a instituição doOstracismo, uma espécie de medida defensiva do Estado contra o ressurgimento da tirania: qualquer cidadão que por má atuação política se tornasse perigoso à democracia, seria banido e teria seus direitos cassados por 10 anos, findo os quais poderia reintegrar-se à vida pública, recuperando seus direitos. Pode-se dizer que, na verdade, o governo de Clístenes ampliou e aprofundou as reformas da época de Sólon, democratizando o regime político de Atenas. OBS: Como percebemos, a Democracia ateniense era uma Democracia escravista: o trabalho escravo era a base da vida econômica da sociedade, e os trabalhadores escravos, que constituíam a maioria, pelo menos uma parcela considerável da população da Ática, não possuíam quaisquer direitos civis ou políticos. Nestas condições a democracia ateniense, quando confrontada com nossas modernas concepções, surge como uma oligarquia de fato, simplesmente menos estrita que as oligarquias de direito.
O PERÍODO CLÁSSICO
Os séculos VI e V a.C. constituem o que os autores denominam a ‘época de ouro’ da história grega, o período clássico. Com efeito, foi nesse momento que a civilização grega atingiu seu apogeu: o fortalecimento da democracia, as obras dos principais artistas e filósofos são dessa fase. Não podemos esquecer, nesse período o Governo de Péricles que realizou inúmeras reformas, fortalecendo a democracia:
- Instituiu a mistoforia, ou seja, a remuneração pelo desempenho de cargos públicos
- Soldados e marinheiros passaram a receber salários
- Os funcionários (magistrados e outros), exceto os Estrategas eram escolhidos por sorteio
- Com o objetivo de reduzir as pressões sociais, através do aumento da oferta de empregos, empreendeu-se uma política de grandes construções públicas
- Os espetáculos artísticos e as diversões públicas foram incrementadas. Os cidadãos recebiam uma soma em dinheiro, o teóricon, para poderem assistir aos espetáculos teatrais
- A fim de reduzir as despesas do Estado, o governo restringiu o direito de cidadania: somente os filhos de pai e mãe ateniense seriam considerados cidadãos. As mulheres, os metecos e os escravos continuavam desprovidos de quaisquer direitos políticos
- Fundação de muitas colônias - as Klerúquias - para dar terras aos que não tinham
No entanto, foi também nesse período que alguns problemas graves surgiram, contribuindo para que, em seguida ao apogeu, tivesse lugar a decadência da Grécia. Exerceram particular influência nesse aspecto a guerras contra os persas e, em seguida a guerra que envolveu as duas maiores cidades-estado, Atenas e Esparta. As guerras contra os persas, denominadas de Guerras Médicas foram resultado da expansão dos persas sobre a Ásia Menor, onde existiam cidades gregas. Quais seriam as causas?
- Choque de interesses entre o imperialismo grego e o imperialismo persa, pois ambos visavam aos mercados consumidores do Oriente Próximo.
- A revolta das cidades gregas da Ásia Menor contra o domínio persa. Tais cidades não se submeteram e foram apoiadas pelas cidades do continente, dando início ao conflito.
Curiosamente, as cidades-estado gregas, que até aquele momento haviam existido de forma autônoma e sem maiores ligações entre si, criaram uma aliança - Confederação de Delos - para enfrentar os persas. O expansionismo ateniense valeu-se da posição hegemônica que a cidade ocupava na Liga.
Como conseqüências das Guerras Médicas temos:
- A hegemonia de Atenas sobre as demais cidades gregas
- O revigoramento da democracia ateniense
- A decadência do império persa
- A formação da Confederação de Delos, liderada por Atenas
- A rivalidade entre Esparta e Atenas
Na época de Péricles, a Liga de transformou em um verdadeiro império de Atenas, que realizou intervenções políticas, financeiras, judiciárias e econômicas, reduzindo as cidades aliadas a estados-vassalos. Se a aliança mostrou-se eficaz, pois de fato os persas foram derrotados, revelou-se nefasta num segundo momento. Atenas encabeçando a Liga de Delos e Esparta, a Liga do Peloponeso, tornaram-se imperialistas, dominando ou exercendo influência sobre outras cidades-estado. Do choque desses dois imperialistas resultou uma nova guerra, desta vez envolvendo as próprias cidades gregas: a Guerra do Peloponeso, tendo como causas:
- Hegemonia de Atenas sobre as demais cidades gregas
- Diferenças culturais, políticas, econômicas, sociais entre Esparta e Atenas
- Interesses dos atenienses em dominar o Golfo de Corinto, a rota para a Sicília e a Itália Meridional
A guerra foi concluída com a vitória espartana. Isso significou a decadência do comércio e da democracia que será substituída pela oligarquia e a hegemonia espartana sobre as cidades gregas. Mas na realidade, toda a Grécia perdeu: o enfraquecimento das cidades-estado era visível, e elas foram fácil presa para um conquistador estrangeiro – Felipe da Macedônia - que conquistou toda a península. Após sua morte a dominação foi mantida por seu filho Alexandre Magno. Alexandre, após consolidar o domínio da Grécia, avançou seus exércitos em direção ao Oriente, chegando próximo da Índia. A esse momento os autores denominam de Período Helenístico, definindo este termo como o resultado da fusão da cultura grega com a oriental.
A EDUCAÇÃO EM ATENAS
"A educação ateniense, posta em prática na escola e na cidade, tinha duas finalidades precisas: o desenvolvimento do cidadão fiel ao Estado e aformação do homem que adquiriu plena harmonia e domínio de si" sendo, por isso mesmo, absolutamente autárquico. Portanto, todo o problema educativo girava, essencialmente, à volta da educação do homem como ser individual - por isso o objetivo fundamental da educação era a formação do homem, tratando-se de saber qual o caminho que o processo educativo devia seguir para que o homem, cada homem, pudesse alcançar o ideal, a aretê individual.
Para além de formar o homem, a educação deve, sobretudo, formar o cidadão. A finalidade cívica da educação passa, claramente, a primeiro plano. É originariamente grega a idéia, tão atual, de que a educação épreparação para a cidadania. Habitante da Pólis, o homem só é o que é porque vive na cidade e sem ela não é nada. E o que diz respeito à cidade, é comum, isto é, afeta a todos enquanto comunidade e afeta cada um enquanto cidadão ou membro dessa comunidade. Neste sentido, é evidente que, antes de mais, o homem é um animal político, como bem o captou Aristóteles, distinguindo-o, assim, do animal pela sua qualidade de cidadão, e o Biós Politikos é a forma própria e sublime de vida do homem como habitante da pólis.
Com exceção de Esparta, onde as mulheres desfrutavam de relativa liberdade, a condição feminina em toda a Grécia era de completa submissão ao mundo masculino. As mulheres eram oprimidas pelos homens, e a sua situação chegou a ser equiparada à dos próprios escravos: o senhor se impunha ao escravo da mesma forma que os homens submetiam as mulheres aos seus desígnios. O próprio Aristóteles era da opinião de que talvez a mulher seja um ser principalmente inferior e o escravo um ser totalmente medíocre. Em Atenas, as mulheres viviam confinadas num aposento da casa, o gineceu. Na reforma de Sólon, uma das suas primeiras medidas foi proibir as mulheres de saírem de casa à noite. Para os gregos, as mulheres tinham apenas uma função: a de gerar filhos, de preferência homens.
O trecho acima foi extraído de:
http://www.bartolomea.com.br/ frames/downloads/historiantiga _e_media.pdf (Grécia, Roma, Cristianismo (Idade Média))
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